O Parque Lage, localizado no Rio de Janeiro, aos pés do Morro do Corcovado, tem uma trajetória fascinante que se entrelaça com a própria evolução da cidade. A parque Lage história começa no período colonial, quando a área ainda era uma fazenda de açúcar.
Originalmente pertencente a Rodrigo de Freitas Mello e Castro, a propriedade foi adquirida em 1811 e passou por uma transformação significativa em 1840, quando o paisagista inglês John Tyndale criou um ambiente que integrava a floresta nativa com jardins inspirados nos modelos europeus, introduzindo o charme e o romantismo que definem o espaço até hoje.
Em 1859, a área foi comprada por Antônio Martins Lage, passando a ser conhecida como Parque dos Lage.
No século XX, seu neto, Henrique Lage, promoveu uma grande reforma para agradar sua esposa, a cantora lírica Gabriela Besanzoni. Para isso, contratou o arquiteto italiano Mario Vodret, que projetou um palacete em estilo eclético, com pátio central, piscina e jardins geométricos. O espaço logo se tornou um importante ponto de encontro da elite cultural e artística do Rio de Janeiro.
Após enfrentar dificuldades financeiras, Henrique Lage teve que vender parte de seus bens. O parque, então, foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1957, reconhecendo seu valor como patrimônio histórico e cultural brasileiro.
Na década de 1960, a propriedade foi desapropriada e aberta ao público como um parque urbano. Desde então, a parque Lage história ganhou novos capítulos com a fundação da Escola de Artes Visuais em 1975, que trouxe ainda mais vida cultural ao local por meio de cursos, oficinas e exposições.
Hoje, o Parque Lage é um espaço público de 52 hectares que combina natureza exuberante, memória histórica e efervescência cultural. Seus jardins projetados, trilhas pela Mata Atlântica e a icônica vista para o Cristo Redentor fazem do parque um verdadeiro símbolo de inspiração e tranquilidade no coração do Rio.